Era
só questão de tempo até que alguém tivesse a “inovadora” ideia de oferecer o
sacramento da Reconciliação on-line para os católicos. Usando o pseudônimo
@PriestDavid, uma pessoa na cidade de San Antonio (Texas, EUA) está oferecendo
confissões virtuais às pessoas, por meio do aplicativo Snapchat.
Essa pessoa, que diz ser sacerdote há mais de 23 anos, mas
prefere manter seu anonimato, afirma que seu objetivo é chegar aos jovens por
meio desse “serviço”. A Igreja local já se pronunciou ao respeito, recordando a
invalidez desta prática.
Como todos os sacramentos, a confissão é uma ação litúrgica. Em
geral, os elementos da sua celebração são: saudação e bênção do sacerdote,
leitura da Palavra de Deus para iluminar a consciência e suscitar a contrição,
exortação ao arrependimento; a confissão, que reconhece os pecados e os
manifesta ao sacerdote; a imposição e aceitação da penitência; a absolvição que
o sacerdote dá; ação de graças e despedida com a bênção do sacerdote (Catecismo
n. 1480).
Alguns podem pensar que é sempre bom inovar e adaptar-se a cada
época, mas, para a Igreja, essa adaptação não pode deixar de lado a fidelidade
a Deus; ela procura a reconciliação e a salvação das almas, e isso envolve uma
ação, um encontro, sair do seu metro quadrado e ir ao encontro de Jesus.
Como bem lembra o Catecismo, da saudação até a bênção de
despedida do padre, o sacramento da Reconciliação é muito mais do que só
recitar as faltas e pecados, é muito mais do que “conectar-se” com a “Igreja
on-line”. É encontrar-se com a misericórdia de Deus em pessoa.
Entre a muitas coisas que a internet tornou possível, com os
grandes benefícios da tecnologia moderna, está o compartilhar a fé, evangelizar
(uma missão nobre para todo batizado) etc. Mas, para receber a graça que os
sacramentos oferecem, buscá-los on-line não é uma opção válida.
Por
Omar Aguilar via Aleteia
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